sexta-feira, 17 de abril de 2009

Poema-onde (que não está)

Queria um poema-abraço
que me deitasse na cama
que me fizesse dormir.
Eu queria...
mas ele não vem
e eu não deito
nem deixo
um poema-dor
aqui.



Ígor Andrade

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8 comentários:

Márlia disse...

Relação entre homem-físico e poema-homem. Tão simples que falar dele demais complica e estraga. Está dito: há precisão de poesia até para dormir.

Larissa disse...

Eu também queria um desses.

Marcelino disse...

Um acalanto originalíssimo, de vez que, a partir do conectivo MAS, o meu amigo desconstroi a ideia tradicional que se tem de acalanto. Muito bom.
Igor, eu postei um comentário sobre o texto que termina com O MAIOR VALENTÃO, mas acho que ñ foi salvo.

! Marcelo Cândido ! disse...

vc escreve mto bem
poesia é vida
valeu

Pequena Poetiza disse...

não escrevo
não durmo...
não durmo
se não escrevo

=/

Anônimo disse...

Lindo... Analogia perfeita e complexa! Como consegue ser perfeito na complexidade?

Mudei de blog. Quando puder, passa lá! Não deixe de me visitar!

nina rizzi disse...

que preciso. também preciso
...

Adriana Godoy disse...

Conflitos poéticos de criação. Gostei. Bj