sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Agnosticismo Superior

Foi-se do dogmatismo a dura lei
E o cristicismo não foi mais feliz.

-Nada sei - o agnóstico assim diz...

Eu menos, pois nem sei se nada sei.


Fernando Pessoa

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Racionais mc's


O que é, o que é?
Clara e salgada, cabe em um olho e pesa uma tonelada...tem sabor de mar, pode ser discreta, inquilina da dor, morada
predileta....na calada ela vem, refém da vingança,
irmã do desespero, rival da esperança... pode ser
causada por "vermes e mundanas"... e o espinho da flor, cruel que vc ama...
amante do drama, vem pra minha cama, por querer, sem
me perguntar, me fez sofrer...e eu que me julguei forte... e eu que
me senti... serei um fraco, qdo outras delas virem.. se o "barato" é louco e o processo é lento... no
momento... deixa eu caminhar contra o vento... o que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável... o vento não, ele é suave, mas
é frio e implacável....(é quente) borrou a letra
triste do poeta (só) ..... correu no rosto pardo do profeta..."verme sai da reta"... a lágrima
de um homem vai cair... esse é o seu B.O. pra eternidade... diz que homem não chora..."ta" bom,
falou... não vai pra grupo irmão aí.... Jesus chorou!

[Racionais Mc's]

" Não importa o motivo, todo homem chora um dia. "

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EU TE TENHO E TE PERCO
CADA DIA QUE PASSA
EU TE GANHO DE NOVO
E AÍ PERDE A GRAÇA

TUDO PASSA
O MEU AMOR
TUDO PASSA

OS DIAS TODOS JUNTOS
SÃO DIAS APENAS
SÃO IGUAIS
NÃO ADIANTA O QUE FAÇA

TUDO PASSA
HÁ DE PASSAR
SEMPRE PASSA

NÃO EXISTE DOR QUE DURE
É QUE A MÁGOA DISFARÇA
RECORDAR FAZ PARTE
VOSSA BOA
FORTE RAÇA

ESTIMAMOS O SOFRIMENTO
NOS DEDICAMOS A UMA VIDA
UMA EXISTÊNCIA FALSA

O QUE PERMANECE
É VERDADEIRO
O QUE FOI ESQUECIDO
ERA FARSA.


ÍGOR ANDRADE

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O que faço eu sem rimas
e palavras tortas
sem gírias novas
e frases mortas.

Inexiste o sujeito
vocábulos e seus efeitos
sucumbi a transitividade suposta.

Fico sem objeto
perde-se meu predicativo
morre a construção literária
vai junto ao enterro meu livro.


Ígor Andrade

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domingo, 23 de dezembro de 2007

O "13" da sorte.

ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TMEPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!
ANTONÍMIA DE TEMPO BOM!

E o rei falou.

Eu vivo de sonhos
e os mesmos vivem em mim
fizemos um acordo
ora, a permanência, pois dita assim.

Eles não se vão quando levanto do sono
e eu não durmo quando sentado estou no trono.

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Meu anjo sem asas


O mundo que ela pinta

é o universo

que ninguém entende.

Mas ela sente... e segue assim.

Talvez um dia,


acabem seus quadros e tintas,

sem cores

seus pincéis

e amores...

E apesar disso

tudo que ela imagina


de você

ou de mim

é a bondade em ser simples...



simples assim...

Ela sabe demais

e muitos

tão menos


a interpretam como eu.

Vou pintar um caminho

com as cores que mais gosto,

vou fazer o que amo


e tudo que não posso.

Apenas viver

e esperar, dela,

mais obras

que falam comigo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

E numa manhã
o sorriso se vai
o instante e o impacto.

Perde-se a vida
perde-se no ato.

Sobram lembranças
Basta uma caminhada
longa e silenciosa
bate as asas, esperança.

O adeus resume um sinal
não importa o tamanho do passo
cortaram o mais lindo laço
a vida...
é uma rua fatal.


(Dedicada a sua perda Inês, que sua mãe descanse em paz.)
Ígor Andrade

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Eu assumo.
Sou um amante
do drama
de cenas tristes

Afinal,
tudo existe.

Há sempre...
quem ama
quem trama.

E talvez haverá,
alguém,
que ame o drama
como eu.


Ígor Andrade


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O caminho. (Ticiano Renier )

O caminho que segue
na obra do pintor
sua alma numa tela pequena
outra eternidade de dor.

Não são os pincéis certos
e ainda sim, leio a cor.

Um baile de espirítos coloridos
o desejo de seguir o caminho
indefinível, o tempo
senhor ditador.

Ígor Andrade

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Raciona o bom senso
invertida diapasão
Quem sabe
Quem lembra
Quem disse que
bicho bruto não tem coração.


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Dia chato
sem humor
não termina
nem começa
eu com pressa?
controvérsia...
disputa mental
um horror!
Outro sujeito
sem causa, efeito
se tem direito
é anormal
faça o que for.


Ígor Andrade

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Capítulo 01: Sobre... vivendo

Era segunda, fim do dia claro. Eu lembro que pouco antes de adormecer, pensava em como mudar minha vida. Enquanto encarava meu mau humor com água e silêncio, refletia sobre o que passei ontem, vislumbrando o que faria no final da semana. A tarde ia em boa hora, esticando meu passado, e a noite que tanto me faz bem chegava devagar. Tentei recordar dos sonhos malucos que tive durante um sono profundo, mas atordoado. Obra de um tranquilizante natural que venho tomando. É difícil unir peças que não se encaixam, atar um nó de cordas curtas. Não os lembro, mas é válido qualquer esforço mental que vicie.
Fico aguardando o momento em que minha metade apareça, e vejo o quão são pequenos os ditos civilizados. Não é preciso ser tão visionário para entender que mesmo ausente, uma pessoa cuja defino aqui como minha parte é diferentemente exaltada. Porém enaltecê-la-ei posteriormente.
Sou o filho pródigo, lunático, e acho sinceramente que nasci na melhor época
possível. No tempo em que alguns pobres diabos fogem do conhecimento, o busco com veemência. Por isso me destaco e evoluo. Eu bem sei que cada um aprende de uma forma, no entanto é muito particular a minha busca incessante. Engraçado eu citar tempo. O que mais falta pro mundo moderno e sobra pra mim. O tempo em que tudo está errado, mas continuo fazendo o que acho certo. Tenho uma filosofia de vida familiar contestada, e porquanto, não dizer esquecida. Assim a vejo, e assim ela é. Não reprimo meus desejos e também por isso sou criticado, contudo mentalmente saudável. É, eu assumo que essa cabeça não pára, só que o bastante para o louco aqui inexiste. Assim como máquinas não cessam o funcionamento, levo uma vitalidade regada e regida pelo auto-conhecimento. Só permanece o presente na minha compreensão da realidade. E como tudo que segue, lá vou eu realmente acordar no chuveiro, e certamente antes de deixar essa residência de normais, para assistir uma aula capitalista numa faculdade fascista, falarei com uma grande mulher e lhe contarei tudo o que sinto, sem limites pré-estabelecidos. Falarei do meu pacifismo estremecido e violentado, sairei, e logo voltarei para um novo dia velho, seja amanhã ou depois.



Ígor Andrade


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Somos um...
logo que, as palavras cessam
no enfim, queremos dormir
é quando o silêncio discursa
eu te uso
tu me usa
nós, ... minha amada
deitamos em nosso fim.
Ígor Andrade
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

É A SAUDADE
O ESPINHO
SÃO COISAS
VOCÊ CONHECE
FOI O CUIDA-SE
TEU CAMINHO
ROSA MORTA
MEMÓRIAS
NO JARDIM CRESCE...


ÍGOR ANDRADE
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Medos e modos
modos de medos
os medos de um modo
são modos de não ter medo.
Quando meu medo
e quando meu modo
são modelos distintos
é o quanto que vejo
que tantos medos
e de tantos modos
são medos de não ter modo.
Tais medos
tais modos
todos são
de tal forma
modos e medos.



Ígor Andrade


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Sabia, não estava sozinho
via sombra
sentia o sopro

Não era noite de vultos
nem acredito em fantasmas

Lua cheia
cabeça cheia
barriga vazia

Quem era você?
de onde, não veio
e vai para algum lugar

Por muitos motivos
e por uma pequena causa

Que lugar é este?
o mesmo
que muda, o mesmo

Eu sabia
é o começo e o fim

Quem sou eu?



Ígor Andrade


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domingo, 2 de dezembro de 2007

Quem consegue de mim?

O muito que acho ser pouco
No inesquecível momento
Com o sorriso que evito
Em um mundo louco que lamento.

Quem consegue?

Ora quem!

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sábado, 1 de dezembro de 2007

Ele, que caiu
e nunca mais conheceu o céu.
Ela, que cuidou até o fim,
curou a asa, limpou o sangue.
A ventania, réu.
Da queda
pra morte
faço vida,
meu papel.