terça-feira, 18 de maio de 2010

Abreu

Na rua
caminha um cão
sozinho.

Na rua
caminho como um cão
sozinho.

Na rua
caminham eu e um cão
sozinhos.

Na rua
o caminho é sozinho
e o cão sou eu.



Ígor Andrade

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7 comentários:

Maria Midlej disse...

Uau, gostei do ''caminho sozinho''.
ahaha

beijos.

Sueli Maia (Mai) disse...

O cão e o eu no mundo. Excelente, teu poema impõe a reflexão do que faz o homem, no mundo, do mundo, da sua animalidade.
Pode ser que seja nada disso e, se for assim, melhor porque, saindo do comum, teu poema abre possibilidades ao expandir a cognição.
"Abreu" somos todos os Eus.

Novamente excelente, Igor.
abraços e boa semana

Anônimo disse...

A solidão é a única certeza...

Anônimo disse...

Moço, não sei como vc faz isso, mas vc faz. Sempre saio meio abalada daqui.
No bom sentido, tá? rs.

Beijo.

Ígor Andrade disse...

Mai, Renata e Lara, vocês me ajudam tanto com seus comentários que nem sei como agradecer.
Vocês são a própria poesia...
Abraços!

Sueli Maia (Mai) disse...

Igor, é que você escreve que inspira comentários à altura.
Abraços de fã.

Daniel Senos disse...

Animalização passo-a-passo do ser huimano. Adorável!