domingo, 29 de maio de 2011

Ah esses domingos que me tocam a alma...

Ah esses domingos que me tocam a alma. Onde desço para passear com meus cães e vejo coisas que ninguém vê. Vejo o pai andando de bicicleta com o filho, e lembro de quando aprendi a me equilibrar com meu velho. Todo e qualquer desequilíbrio de hoje é culpa da falta de amadurecimento (Todos os pais deveriam ensinar os filhos a andar de bicicleta...). Ah esses domingos que me tocam a alma. Caminho na rua como quem caminha no céu. Em casa o almoço pronto, e meu irmão come granola com mel (Uma rima forçada para um domingo livre!). Hoje me sinto tão pronto que escrevo poemas sobre caminhar. Sigo na rua. E que ninguém me siga. Eu Ígor sigo sem hora para voltar. Ah esses domingos que me tocam a alma. Roubo uma rosa roxa na rua para minha rainha. Mais uma graça alcançada, diz minha mãe, devota de Santa Teresinha. Ah esses domingos que me tocam a alma. Vou correr na beira-mar, antes do pôr-do-sol; antes da noite; e antes de amanhã. Hoje é todo sempre e eu vejo coisas que ninguém vê. Ah esses domingos que me tocam a alma...



Ígor Andrade

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Um comentário:

Carina Destempero disse...

Ah, essas palavras que me tocam a alma...
:)