terça-feira, 24 de maio de 2011

Hospital de Olhos Leiria de Andrade

Para meu irmão Thiago Andrade.

Ninguém sabe
o que é esse sentir
que ninguém sente.

Sinto e não minto
e não uso cinto;
logo o que aperta
é o peito.

Cada calafrio
que atravessa o juízo
se cala no vazio
de corredores cheios.

Esperar nunca foi
meu forte.
Só penso na morte
enquanto a maldita senha 77
não é chamada.



Ígor Andrade

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