deitado no chão
falando sozinho.
A criança no beco
cheirando cola.
O perfume da adolescente
e sua falta de preocupação
com a vida.
Depois disso
a rua vazia.
Sol ameno
e minha respiração.
O passado.
Isso é tudo que vejo.
Sou o bêbado
a esquina
e a palavra ao vento.
Sou a criança
e a cola.
Sou o perfume
a adolescente
e a falta de preocupação.
Sou a vida
o depois disso
e a rua vazia.
Sou o passado
mas não passo.
Domingos...
Ígor Andrade
_________________________________________________________________
2 comentários:
O artista é tudo, são todas as vidas, todas as personagens, todas as possibilidades. Fernado Pessoa sabia disso, Jorge de Lima também. E, parodiando o Chapolim Colorado (lembra disso?): Sigamos os bons.
O artista é tudo, são todas as almas, todas as possibilidades.
Postar um comentário