segunda-feira, 7 de junho de 2010

Scalpel

Separo o eu de mim
a parte mais fraca
da parte mais forte
um interstício imaginário
sem lógica como
a morte.

Ficar bem no meio
é um meio de não
enlouquecer.

Agora me sinto bem
e eu não minto bem
sinto o bem
e pronto.

Meus poemas são
lâminas curtas
de vidas longas
que me ajudam a entender
a falta de sentido
no tecido da vida.



Ígor Andrade

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2 comentários:

Anônimo disse...

Acredito que sua lâmina seja maior do que pensas, chega sempre até aqui e perfura suavemente.

Beijo.

Camilla Andrade disse...

Lâminas que circundam o inconsciente,fazem do consciente letárgico...um propício leito, para um estado de graça mágico!!