quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Flagício

É difícil
entender o silêncio
da noite.

Eu e minha incapacidade
de compreender
a escuridão.

(Exercício
diário
ou noturno:
o açoite
das palavras.)

Desassossego da fala...
Meu peito cala
e o cavalo dorme.

Eu também me calo
porque quero colo.
Apolo
e suas distâncias.

Edifício
que dorme sem sonho
mas toca o céu
em sua frieza.

Madrugada
cilício de pobre
ofício do nobre
precipício do poeta.



Ígor Andrade

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