terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Intermitente

Para Vinicius de Moraes.

Leio Vinicius
e me sinto pleno.
Posso imaginar uma canção
e me sinto piano.

(Deixar de me sentir pesado
tem de ser meu novo plano.)

Vinicius de Moraes
grande mestre
que me testa
em seus poemas
em seu patriotismo.

Por que poetas morrem?
Por que poemas correm?
Por que, Vinicius?

Vejo sua poesia
como um milagre
como uma noite que cai.
Vejo sua poesia
como o nascer do dia
vejo meu pai.

Vinicius
sujeito homem
totem aedo.
Sua poesia era espanto
e pro meu espanto
estou sem medo.



Ígor Andrade

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2 comentários:

gloria disse...

Olá Igor ( e Thiago), voltei aqui e li os dois últimos poemas: do amor que se parte e o do amor incondicional. Creio, que o amor se cala quando namora o medo. Mesmo assim, permanece em alguma dobra do tempo. Perdemos apenas sua companhia. Seria bom mesmo poder descobrir onde fica e dorme o amor quando se ausenta;

abraço

Glória

Marcelino disse...

Ler Vinicius é, deveras, sentir-se pleno; faz bem pra alma. O texto "Um operário em construção" é um dos mais lindos q já li.