quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Noche

Noites assim
noites aqui
noites sem graça
noites devassas
noites de valsas
e sons antigos.

Um tempo
antigo
agora.

Estou tão parado
que não vejo perigo
em me conquistar.

Este quarto
esta casa
tudo sou eu.
O que quero?

Sou uma coisa
que não sente.
É isso.

Esta noite
eu quero mentir.
Não é isso.

Noite que
me esgarça a alma
me tira o juízo
me faz noite.

Em mim
toda a escuridão
necessária.



Ígor Andrade

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Um comentário:

Fábio Granville disse...

Fala Igor!
Noite é uma bela metáfora, bem usada por ti.

Abraço!