terça-feira, 8 de maio de 2012

Brotherhood



Para o amigo-irmão Victor Ramos.


O mundo está cheio de gente que nada vale.
O mundo está cheio de gente.
O mundo está cheio.


Mas quando penso em amizade,
em parceria e irmandade,
aí eu que fico cheio.


Quem não assume que se sente completo com grandes amigos por perto é de longe um covarde medroso e vazio.


O mundo está cheio de sujeito vazio.
E eu já não acredito tanto assim no mundo.


O mundo parece tão maldito às vezes
e às vezes eu preciso lembrar que conheci grandes guerreiros.
Sim... guerreiros. 
Aqueles caras que sempre seguem em frente
enquanto os outros desistem, sabe?
E você é um deles!
Sujeito homem que honra o sangue.
Soldado valente que luta pela família.


O homem que não tem um amigo
é uma ilha.
E logo desaparecerá.


E eu não acredito em fantasmas.


Mas acredito na nossa luta.
Acredito acima de tudo na disciplina do cultivo da força
que praticamos com tanto esmero.
Considero tudo que fazemos
como uma teimosia evolutiva
que não cansa nunca.


Hoje passei algum tempo pensando
na vida que tive durante esses trinta anos
e concluo que são poucos os que quero levar até o meu fim.


O mundo está cheio de calçadas vazias
e esquinas sujas.
Casas pobres que as águas levam nas enchentes.
O mundo está cheio de desgraça.
É na topada que a vida passa.
E a pedra de uma tonelada que carregamos diariamente
no lombo sofrido dos pensadores
é o que nos torna mais gente.
Somos os construtores de uma fortaleza
indestrutível e inimaginável
e nada mais.


O dia que começa com artes marciais
e termina com a hipertrofia dos juízos
é só uma parte de nossas capacidades como super-humanos.


Hoje estava pensando na vida
e resolvi escrever pra você, meu amigo.
O mundo não sabe da gente
e eu não estou nem aí pra isso.




Ígor Andrade

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5 comentários:

Anônimo disse...

Que bonito. Quando vai escrever pra mim hein, mano?

Abraços.

Marcelino disse...

Considerei este texto bem denso, bonito e forte, como de resto a maioria dos teus escritos, mas o sétimo verso quase me tira o fôlego, e só voltei para as estrofes seguintes porque sabia que encontraria coisas boas nelas. Fiquei pensando na possibilidade de dividir o verso (É uma sugestão deste abusado leitor) assim: Quem não assume que se sente completo/ com grandes amigos por perto/ é de longe um covarde medroso/ e vazio

Rafaela G.B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafaela G.B. disse...

Noooossa! Belíssima poesia!

Diana Alves disse...

Que lindo Igor!! O mundo precisa e pessoas como vc
! Morro de orgulho!!