quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Olhos miúdos (este título pode e deve mudar).

Nesta cama
que é um deserto
a sede me ama
e me amo incerto.

Olhando do teto
o quanto sou pequeno
diante do que sinto (grande)
para continuar sozinho
seguindo seguindo
fugindo fugindo
mentindo mentindo.

Daqui de cima
toda paisagem
é uma passagem
de lembrança boa
que não posso suportar.

Inóspito deitar
há de se esperar
eu dono de mim.



Ígor Andrade

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Um comentário:

Fabio Rocha disse...

Ontem tive insônica também. Problemas no PC insolúveis, além de tudo o mais na vida... :) Belíssimo poema, ritmo muito bom. Abração