"Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar." Friedrich Nietzsche
sábado, 11 de agosto de 2012
Corredor
Entre os rostos de agosto
conheci um fantasma.
Asma de poeta
é camisa de força.
Ouça a madrugada
e seu assalto.
Asfalto divino intocável.
Sou o sujeito mais sozinho do mundo.
Ou devo ser burro demais
para entender a vida.
A vida não se entende.
A vida não se estende
por qualquer saudade.
Meu ventilador parou.
Meu juízo quebrou a bengala do aleijado.
Um soco de Muhammad Ali, por favor.
Preciso dormir
só por hoje.
O agora se embriagou.
Ígor Andrade
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3 comentários:
É uma marca de teus textos essa aparente quebra q tu fazes na sequência de teus versos, ou seja, transitando entre o Eu (o homem, o poeta) e o outro (o mundo, a vida). Acho muito bonito isso tudo: a asma do poeta, o assalto da madrugada, o soco de Ali...
Essa quebra aparente de que falei há pouco me lembram as crônicas de Franklin de Oliveira na década de 1940.Muito boas, vale a pena lê-las.
Eu quem sou.
Sempre em cima do sopro! Oxigénio puro.
Um abraço.
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