"Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar." Friedrich Nietzsche
terça-feira, 17 de julho de 2012
Quecé e Quecê
Silencioso, o sujeito observa. Um gato branco atravessa a rua escura. Tudo muda. E pode amanhecer logo. Antes que tudo se perca numa janela empoeirada, o olho encontra a folha, a mão encontra a espada. A arte salva a madrugada. E mais nada: guerra. Azul é a cor da palavra: terra. Algo pequeno lavra a teoria minimalista. O corpo nu é grande. Roupa suja se lava em casa, alheia. Coisa feia é não entender o que se veste. Visto o verso, e qualquer idéia que me agrade eu transformo num avesso infinito. Um olhar sem fins. Eu em mim, e no outro. Pouco do que se olha já é muito. Muito do que se pensa cai no esquecimento. Lamento esquizofrênico. Um dia a dia depois de noites. Ninguém dorme até sonhar direito. Causa sem efeito. Pausa no inconsciente. O caminho é longo para quem tem pernas curtas. O gato branco se foi, mas o muro ficou.
Ígor Andrade
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