quinta-feira, 12 de abril de 2012

Exército de um poeta só



Acordo querendo matar meus inimigos.
Os amigos foram dormir e desapareceram.
Clarão medonho. Calor medonho.
O medo é alimento pro demônios.
O deus do fanatismo ou da impostura não me agrada.
Acho que nenhum deus me agrada.
Não entendo a química das minhas mãos geladas.
Tenho tudo e não tenho nada.
A tarde merece minha solidão.
Salvação não existe.
O outro me olha de cima.
Eu no chão quero sangue.
O aonde se confunde com o ainda.
Agoraeusintotudoaomesmotempo.
Nunca vou ser um homem barato.
Tomo banho mas não troco minha poesia.
O dia vai devorar os fracos.
Em mim quase imortal a essência humana.




Ígor Andrade

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