sábado, 12 de março de 2011

Do desânimo (pior ainda é estar sem tv à cabo)

Dentro de casa
estou perdido.
Fora de casa
não tenho amigo.

E agora
cansada hora?

Toda dor
e toda preocupação
demora a passar
tanto quanto o dia.

Crise dos quase trinta
falou uma amiga
de quase quarenta.

Vejo gente de quase noventa
como meu avô
que já cansou.

Onde estou
senão aqui?
Lugar maldito!

Queria estar longe
é isso.

À todo momento
me preocupo mais com a morte
e menos com a sorte.

Ser forte
deve ser uma obrigação
digna demais
pra mim.



Ígor Andrade

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5 comentários:

Unknown disse...

Agora quem ficou desanimada fui eu... como assim "uma amiga de quase quarenta"? rsrs Só sou 1 mês mais velha q vc, não são 10 anos não, viu? Eu tb tô na crise dos quase trinta (não necessariamente com os mesmos sintomas q vc)... a diferença é q vc consegue expressar em palavras o q vc está sentindo de uma forma bem simples, mas muito profunda. Parabéns pelo(s) poema(s) e ânimo (melhor é trocar a TV por boas leituras).

Anônimo disse...

De vez em quando é preciso desistir.

Ígor Andrade disse...

Eu me referia a outra amiga, Heloísa.
E leio tanto quanto assisto a tv à cabo. rs
Abraço!

Unknown disse...

Ah, tá! Achei q vc se referia a mim pq havia feito um comentário em outro poema seu dizendo q talvez vc estivesse na crise dos quase 30...mas em crise ou não, o bom é a gente viver cada idade ao seu tempo, né? Bjsss

Ígor Andrade disse...

Ou cada tempo sem idade...
Abraço, minha amiga!