sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Litígio vespertino


No meu cansaço perdido
descanso.
Um bom descanso querido.
Encontro sagrado.
Alcanço outro cansaço sofrido.
Mundo parado.
Quem caminha sou eu
seja lá com que perna for.
Sabe-se lá com que dor se cresce.
Amadurece tudo que é verde.
Ver de perto tudo que é longe.
A constante nem sempre é miserável.
Fico aqui lembrando do quintal dos meus avós.
Mas hoje tudo é diferente.
Pela frente tanta coisa que parece gente.
Tanta gente que parece coisa.
Outra coisa é perceber que mudamos.
Ou amamos o que temos
ou largamos o que sonhamos.
Somos o que temos que ser agora.
Isso é tão libertador...


Ígor Andrade

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3 comentários:

Fabio Rocha disse...

Sempre fujo pro quintal dos avós também... :)

Abs

verinha disse...

Boa noite!
Fiquei maravilhada com teu trabalho
Parabens.
vera portella

Marcelino disse...

"Ou amamos o que temos/ou largamos o que sonhamos". Trata-se de um jogo de alternativas canalha a que a sociedade nos obriga, nos impõe: aprender a gostar do que está à mão e desistir do que se deseja.