quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A história da vida


Perto do Natal
meu sono aumenta.
Ninguém nasce neste poema
antes de mim.

Dezembro vai chegando ao fim.
De certo tudo meio assim.
Sei lá.
Há muito que o muito nos sufoca.

O ano vai acabar.
O mundo já acabou faz tempo.

O que dizer do meu concretismo?
Um ismo a esmo...
O mesmo antes do abismo.
Idealismo sem idéias.

Não gosto do Natal.
O povo se reúne e não sabe porquê.
Apareceu na tevê então deve ser bom.
O povo não conhece Drummond
e acha que entende das tardes.

Num dia quente como este...
sinceramente eu torço 
para que ninguém se mate no trânsito.

Meu dorso 
pesando uma tonelada
pede paz.


Ígor Andrade

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2 comentários:

Fabio Rocha disse...

Então Bom Nataaaal! :)

Genial o poema!

Abração

Devaneios dela disse...

Você sempre me surpreende Igor..um poema e tanto..Parabéns..e feliz natal!!