domingo, 4 de março de 2012

Belbellita prateada



Para o meu amor, Rafaela Bezerra.


Desde ontem
o hoje
já era difícil.


Vou resumir o momento:
Eu sabia que ela vinha.
Eu sabia do vinho.
E eu sabia que ela ia
embora.


Boa hora 
era quando
acordava ao lado dela.


(Pelo menos o travesseiro
tem o perfume do cabelo
ainda.
...
Nosso elo é olfato 
que não se deixa enganar.)


Mas agora estou só.
Estou só o pó.
Estou cansado.
Saudade é o tipo de coisa que cansa.


Quem não alcança esse encontro com o desespero
não pode esperar por alcançar uma bela perdição.


O confronto maior é entender
o que fica
e o que vai.
É a variação de lembranças que engana as proximidades.


Ela está perto e ponto final.
Eu é que não aprendi a ter braços longos.
Não abraço a distância
e nem abraço à distância.


Um dia serei capaz de entender
o porquê de ter levado tanto tempo
para encontrá-la.


Uma pausa para o eterno suspiro de paz...


Tudo neste domingo é uma guerra
da gramática versus a metafísica.
Versos da ignorância.
Ciências que preciso estudar.




Ígor Andrade

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7 comentários:

Rafaela G.B. disse...

(lágrimas)

Eu te amo muuuuuito e obrigada por existir em minha vida!

Marcelino disse...

Pequeno, este foi um dos textos mais bonitos que li na tua página. Se ele parasse na estrofe que questiona a demora para encontrar a mulher amada estaria perfeito.

Ígor Andrade disse...

Rafaela, meu amor, você é tudo. Ponto.

Ígor Andrade disse...

Mestre Marcelino, há muito que desisti da perfeição. Ironicamente conheci a mulher perfeita...

Abraço, meu amigo!

Anônimo disse...

Véizim,

As vezes esqueço de quanto você me emociona e sabe vebalizar louváveis sentimentos...

Desisti de escrever como você, mas tentarei viver tais sentimentos lhe lendo mais...

Seja feliz sempre! Sua felicidade já me deixa em paz...

Ígor Andrade disse...

Mano, minha felicidade também é a sua. (Um dia uma mulher incrível também vai encontrar você.)
Abraço!

Dan Porto disse...

Magnífico.