terça-feira, 11 de setembro de 2012

O trevo antes da rua


Esta vida é breve
e não é leve.

Lavei um sonho na calçada.

Inventaram o relógio
e a poesia
e eu me inventei na saudade.

Quanto mais penso
mais denso.
Mais canso.
Mas descanso 
só na morte.

O corte da tarde
é forte.
Tenho um norte para cada sentido.

Hoje sinto fome como quem esquece de viver.


Ígor Andrade

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2 comentários:

Anônimo disse...

Deixo-me ser lida em seu poema como quem se dá ao luxo de descansar a dor na palavra alheia.

Maravilha!

Ígor Andrade disse...

Abração, Larinha! Andei te lendo esses dias...