domingo, 10 de abril de 2011

Relief

Busco o inevitável
no inaceitável
insistindo em calmaria.

Há dias que penso
que minha função de escrever
é superar
toda e qualquer coisa
que não seja noite.

Eu não sei ainda
onde descubro cada palavra
e nem sei o que dizer
antes de ouvir.

Mas sinto
que aceitar a vida
é não pensar no fim.

Desde já
sou cada começo
sem meio
e sem modo
e discordo sempre
pra acordar.



Ígor Andrade

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5 comentários:

Lilian disse...

Então vamos pra vidaaa ;)

Tania regina Contreiras disse...

Eu aceito melhor a vida pensando no fim, mas enfim, o poeta sabe mais dessa vida!
beijos,

Anônimo disse...

Muito me desperta seu acordar poético.

Beijo!

Anônimo disse...

Acho que para tudo nessa vida, é preciso aceitar que existe fim.

Raissa disse...

A palavra cura. Talvez seja essa a função do seu escrever. As dores que não falam acabam sufocando o coração, já dizia o velho com um charuto.