terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Poema-qualquer

Perto da meia-noite
meio que um vazio vem.

O meio da noite
é o pior do dia.
O meio da noite
é o resto do dia.

Sei lá...

Perto da meia-noite
estou tão distante
quanto vazio.

(Por que afasto todos de mim?)

Meia-noite quase
um meio de me medir
quase
e por pouco não enlouqueço.
Ou de certo esqueço
o que é indiscernível.

Aceito
e me entendo
com toda solidão que carrego
mas não nego
que em momentos assim
sinto um medo inexplicável
do que julgo indefinível.



Ígor Andrade

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