sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aquilo que subsiste


O que é tudo?

Talvez seja alguém mudo
de vez em quando.

Silêncio...

Durmo no mesmo
sem sair do mesmo.
Acordo no íntimo
de não sonhar que preste.

Agreste nos olhos.
O teto é falso.

Pouca sombra.
Muita sobra.
Me assombro com o peso das paredes.

Meio-dia.
Uma azia.
Nada fazia
sentido.

E a tarde que vem?
Não entendo.
E o entendimento qualquer?
Não vivo.


Ígor Andrade

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