domingo, 25 de novembro de 2007

É o quadro que vou pintando
Toda santa vez que ela se vai
Eu derramei por ti várias gotas
Amanhã derramarei mais.

Vou deitar. Não aguento
A vista grossa e a luz forte
Há quem diga que sou "o homem"
Há quem diga que eu tenha sorte.

Embora a vontade acelerada
De todas as vidas
Até as passadas
O corpo cansou, mas a mente
Nada.

Que fiquem imaginando
A grande noite que tive
O quadro é preto e branco
O cabelo, a pele dela.
Aqui vive.


Ígor Andrade



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Um comentário:

.SL. disse...

Nossa... essas palavras foram de grande valia!!
Quero ser 'sentida' assim.
Beijo, poeta.