Para o meu irmão Thiago Andrade.
com a distância.
Não se chega a lugar algum
quando o lugar algum
parece mais próximo
do que o desejo real de busca.
Desespero
mas espero
algo novo.
O velho se cansa
e de tão velho me cansa.
Descansa
em mim
alguns sonhos
que ainda não tive.
Me prometo a reconciliação irreconhecível
diante da incomensurável ausência de paz.
Te prometo tudo
que eu puder mais.
Sou capaz
de mover o mundo -
o meu e nosso mundo
com a palavra certa
na hora errada.
Desesperança mesmo
é quando ignoro o desamor.
Os frutos verdadeiros nascem
sob o adubo do sangue do irmão;
este outro ser que também sou
e não me abandona.
Ígor Andrade
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4 comentários:
É o fluxo do amor, vezes arrebatador, vezes odioso, mas amor.
Linda poesia, menino.
Bom voltar aqui. Beijo
A hora é de plantar...
Ademais, já dizia Carlos Drumond de Andrade (Titio Drumond):
QUEM PLANTA(OU SEMEIA) VENTO, COLHE TEMPESTADE!
Esperança sempre, pois é isso que nos mantêm vivos!
Certamente teu irmão te ama, Igor, pois não é possível ser indiferente a um texto como este que começa falando em distância e se encerra com um não abandonar.
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