A mídia é média
e a média é um meio
de medir o medo
de não ser
outra coisa
senão metade
senão o pouco
que a mídia
ou a média
te fazem.
Ígor Andrade
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"Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar." Friedrich Nietzsche
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Há ser teu
Vazio de vento frio
é quando tudo pára
até que apenas eu volte.
Volte no tempo
volte no próprio vento
volte a ser eu
volte a ser teu.
Ígor Andrade
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é quando tudo pára
até que apenas eu volte.
Volte no tempo
volte no próprio vento
volte a ser eu
volte a ser teu.
Ígor Andrade
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Ver-de perto
Tudo fora
é tudo quase
do não
ou do nada
que tem um fim.
E no final
é o que somos:
fantasia fantasiada de sensatez.
Ígor Andrade
(escrito depois de ler este poema, do blog de minha amiga: http://rangonamadrugada.blogger.com.br/)
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é tudo quase
do não
ou do nada
que tem um fim.
E no final
é o que somos:
fantasia fantasiada de sensatez.
Ígor Andrade
(escrito depois de ler este poema, do blog de minha amiga: http://rangonamadrugada.blogger.com.br/)
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
A volta escrita na estrada
Vou na volta
de casa pra casa
da praia pra cidade
(e nem vi o mar)
da tarde pra noite
do perto pra longe
vagando em chuvisco
chovendo nos olhos
vago, vazio, altívago, tardio
entardecendo o que não tenho
e não vou só
vaga-lumes
vagas lembranças
vagões de desejos
bendita estrada que dita
uma volta
e outra.
Ígor Andrade
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de casa pra casa
da praia pra cidade
(e nem vi o mar)
da tarde pra noite
do perto pra longe
vagando em chuvisco
chovendo nos olhos
vago, vazio, altívago, tardio
entardecendo o que não tenho
e não vou só
vaga-lumes
vagas lembranças
vagões de desejos
bendita estrada que dita
uma volta
e outra.
Ígor Andrade
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terça-feira, 23 de junho de 2009
Ainda voa, Dona Iride. (Um poema de luto.)
Borboleta azul
borda a letra anil
no céu da solidão
no sol que não se viu.
Falta uma asa!
Ígor Andrade
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borda a letra anil
no céu da solidão
no sol que não se viu.
Falta uma asa!
Ígor Andrade
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O temporal da não viagem
O vento grita
na minha janela entreaberta
e meu quarto fechado
silencia o meu mal estar.
Estar
em algum lugar
(que não seja esse)
era o que eu queria agora
querer é a questão
ficar aqui
ou ir embora.
Ígor Andrade
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na minha janela entreaberta
e meu quarto fechado
silencia o meu mal estar.
Estar
em algum lugar
(que não seja esse)
era o que eu queria agora
querer é a questão
ficar aqui
ou ir embora.
Ígor Andrade
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sexta-feira, 19 de junho de 2009
Chão
Pedaço do eu
no meio do chão
que seca no seco
que cega razão.
Chão.
Pedaço que piso
no meio do não
que é quase tudo
coração na mão.
Ígor Andrade
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no meio do chão
que seca no seco
que cega razão.
Chão.
Pedaço que piso
no meio do não
que é quase tudo
coração na mão.
Ígor Andrade
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
Céu
Tenho me sentido
(sem ter tido)
pássaro sem asas
e continuo voando
porque acredito.
Ígor Andrade
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(sem ter tido)
pássaro sem asas
e continuo voando
porque acredito.
Ígor Andrade
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domingo, 7 de junho de 2009
Processando a trama
Computador é tela fria
com muita dor a teia espia
a aranha longe
arranha saudade.
Desculpas cheias de pernas
caminham pelos cantos
de paredes
que não quero enxergar.
Ígor Andrade
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com muita dor a teia espia
a aranha longe
arranha saudade.
Desculpas cheias de pernas
caminham pelos cantos
de paredes
que não quero enxergar.
Ígor Andrade
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
Alta
A vida banha
minhas memórias
de tempo
e seca
minhas loucuras
de falta.
Ígor Andrade
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minhas memórias
de tempo
e seca
minhas loucuras
de falta.
Ígor Andrade
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segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ma belle inconnue
Minha bela
desconhecida.
Conheci algo
que não é meu.
O que era belo
e adormecido
nasceu dela
e feneceu.
Ígor Andrade
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desconhecida.
Conheci algo
que não é meu.
O que era belo
e adormecido
nasceu dela
e feneceu.
Ígor Andrade
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