Na verdade nem sei
se estou mesmo acordado.
Escrevo no automático
porque me falta um manual.
E me falta tanta coisa...
O sono tranquilo
por exemplo.
Não entendo o que sonhei.
Ponto!
Acordo sem direção
desequilibrado
e preciso de café.
(Aliás, preciso de café toda hora.
Mas poderia ser cerveja também.
- O alter-ego que escreveu isso.)
Na tevê
vejo um sujeito
praticando uma pesca tribal
tão primitiva quanto o nome da ilha
que o próprio se encontra:
Ilhas Salomão.
A beleza do lugar
vale antes mesmo
do poeta acreditar
nas façanhas da tribo local.
Vou dizer uma coisa:
Pescar o peixe mais veloz
com arco e flecha
é um troço absurdo.
Pescar tubarão com uma linha apenas
é um completo desatino.
Mas contra-senso mesmo
é o sujeito acordar
e sentar na frente dum computador
pra falar com gente que não responde.
(Ou com gente que não se importa.)
Na madrugada
sou uma ilha
mesmo.
Pescar poesia
é mais fácil
quando se tem fome
e solidão.
Ígor Andrade
_________________________________________________________________
4 comentários:
Eu me importo. =)
Pelo menos você, Larinha!
Epa, eu respondi, rsrsrs.
Pescar tubarão com linha, isso sim é uma façanha...
Pelo menos você também, Dessa! rs
Postar um comentário