Minha alma é muito grande
mas minha paciência é pequena.
Tudo isso é difícil demais
de entender.
Sento nas costas da noite
com a mesma dúvida que você:
De onde veio esta expressão?
Valer a pena!
Pois bem, leiam o livro dos Mortos
e Osíris com seu julgamento final
dirá se toda alma alcança a luz.
Não preciso falar aqui
da minha consciência para mim mesmo.
Sou um sujeito pesado de consciência leve.
Ou pode ser o inverso
do verso
imerso
na escuridão.
Enfim...
Deixa Osíris falar, deixa ele
na contramão.
Bem ou mal o meu valor
está em aprender
qualquer coisa
à qualquer hora.
E ainda bem que gosto de mitologia.
E ainda bem que os egípcios me fascinam.
(O Antigo Egito
é como um grito
pra quem gosta
do silêncio.)
Mas no momento preciso dizer
que eu não valho a pena.
Não conheço o perfume da açucena.
Eu não valho a pena.
Sou touro irritado na arena.
E a tevê chiando sem antena.
Eu não valho a pena.
(Minhas rimas são pleonasmos viciosos mesmo
e devem valer mais que eu.)
Ígor Andrade
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5 comentários:
Também não valho a pena, talvez a pele, rs
Sua poesia me vale a beça, já tá bom, né? hehe... brincadeira.
Beijinho.
Putz...é de tirar o fôlego.
E te direi sem pestanejar, meu amigo das letras...
Eu também não valho a pena.rs..
Mas ler suas linhas me valeu o dia.
Saudações poéticas!!
Como é bom ver essa identificação...
Abraços, Lara e Keylla!
Juntar por rimas açucena, touro e tevê chiando é coisa pra quem vale a pena ser lido.
Valeu, Marcelino meu herói!
Grande abraço!
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