arde
em metáforas.
Persigo
uma vontade de ferro
de ser leveza.
Persigo a pureza
da manhã
esquecida.
Aquecida
a poesia
no ser.
E eis-me aqui
com sono
e lento.
Violento
o céu.
Olho
com olhos de bandido
a tarde dos outros
que eu roubaria.
Sou-me e só.
Como o menino
que brinca no parquinho
deste prédio onde habito.
Sim, habito onde vivo.
Ocupo espaço.
Moro em cada traço
do verso.
Esta tarde é vida.
A vida da tarde é o terso.
Encontro-me na tarde
disperso.
A morte que é
um pleonasmo vicioso
e ninguém conhece.
Ígor Andrade
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