o quanto meu caminhar é suave.
A topada perdida na esquina
o vôo longe da ave.
Eu sei e eu sou
a chave
da porta trancada.
O boi sumido da manada.
O escurecer e a alvorada.
Eu próprio sei
o quanto meu caminhar é suave.
A fome e o mal-estar que restou.
A nuvem, o navio, a nave.
A bola na trave
da partida que nem começou.
Eu próprio sei
o quanto meu caminhar é suave
o quanto meu caminhar é suave
o quanto meu caminhar é suave.
Ígor Andrade
_________________________________________________________________________________
2 comentários:
Tenho um poema (ainda não postado) que envereda por essa trilha, a trilha das coisas que travam: o boi sumido na manada, a topada perdida na esquina, a bola na trave...
Pois poste, Marcelino. Gostaria de ler esse poema.
Postar um comentário