e o mais eterno pensamento.
Não foram as horas que perdi
foram todos os momentos.
E no momento agora
o sol atrevido castiga.
A briga
da minha mente
contra o bocejo
de amanhã.
Todo dia
algo amanhece em mim
e eu sem sono
fico tentando dormir
em vão.
Meu olho
é desmentido
pela minha mão.
Ígor Andrade
_________________________________________________________________
2 comentários:
Adorei, Igor!
Deu vontade de grifar o poema todo, nem consigo selecionar um só trecho pra colocar aqui. Teus poemas estão cada vez melhores.
;)
Diferentemente da Carina B, eu grifaria a última estrofe: "Meu olho é desmentido pela minha mão": esses versos são carregados de significação, de possibilidades de leitura, certas ambiguidades... a mão que esfrega o olho, que toca o corpo, que escreve um poema de madrugada...
Postar um comentário