o poeta
continua o mesmo.
Os mesmos olhos
para a mesma mulher.
A mesma mulher
sem o mesmo juízo.
Poesia é prejuízo.
Dano que dana a dama.
Dama que dorme na cama.
Enquanto isso
o poeta ama
ama e ama.
O poeta é abismo
sem fundo
esperança
sem mundo.
Homem sem fé
mas fecundo.
Só por hoje
o poeta permite
ser o vagabundo
de sempre
de antes
que faz poesia
pro além
e depois.
Ígor Andrade
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