a brisa
que alivie
o que não sei explicar.
Preciso educar
os meus sentidos
com a insônia.
Eu quero dormir
de olhos abertos.
Tocar o céu incerto
sem este aperto
no peito.
Justifico a dor
quando deito.
Porque sonhar
é pouco.
Quero deitar
no colo da manhã
e ter a certeza
que apenas eu
anoiteço.
Hoje eu esqueço
e amanhã alguém esquece
que o sono só serve para nos aproximar da morte.
Ígor Andrade
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4 comentários:
Sobre esquecer, como contava o velho Pessoa, "Só a loucura é que é grande! E só ela é que é feliz!".
Abraço, mano!
falou tudo cara, faço tuas palavras as minhas [:
Interessantíssimo o diálogo entre este poema e o "So(l)zinho": o não querer acordar, a manhã que rompe sem nossa aquiescência, a noite que srve de lenitivo.
Abraços.
Visita! éque nossa reza é a que escrevemos, não mesmo!
Vltarei!.
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