Para Sofia Andrade.
como se fosse
um quebra-cabeça.
Tudo muito devagar.
Do meu jeito.
Meço, marco e furo
buracos na consciência das tábuas.
Todo (des)compensado
é o meu juízo
em qualquer processo de montagem.
Conforme monto este móvel
monto um monte de poemas
na minha cabeça.
O parafuso pára o fuso
entre chaves de fenda
martelos e alicates
neste plano cartesiano
de encaixes.
Construção é construção
seja ela onde for.
Poetizo a vida
em qualquer estrutura
ou sistema.
Daqui uns dias
o móvel no canto do quarto
ainda me lembrará o berço de Sofia
que só montarei depois da gravidez
A escolha da cor será minha.
Será minha?
A escolha de Sofia é nascer.
Acho que ela gostará de azul...
Ígor Andrade
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3 comentários:
Lindo! Papai aguarda ansioso a vinda de bela Sofia. Bela poesia. Adorei. Beijos, querido! Au revoir.
Valeu, Natalia. Abração!
Lindo demais!
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