minha teoria
do passo de cada vez
tão ao pé da letra.
Mãos!
Caminho com minhas mãos
mesmo sem enxergar.
Quanta dificuldade é ver
sem ver.
Quantas pessoas não valorizam
o belo
e não aprendem a contemplar.
O medo de tropeçar
de cair sem cair.
Sei lá!
Tento enxergar
as faces das pessoas
e nada
e nado
na imaginação sem luz.
Meu irmão me conduz
ele é meu entrever
minha visão
meu ser
sem ser...
Corredores que
não vejo o fim.
Elevadores que
mesmo cheios
me parecem vazios.
Paredes brancas
e geladas
geladas
e brancas.
Dor de cabeça, por favor
agora não!
Este tatear já me basta.
Aperto meus olhos
e meu peito aperta
meu estado de alerta
só vai embora quando
eu voltar pra casa.
Ígor Andrade
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Um comentário:
Conheço bem esse estado.
Sempre poetizando "demais" vc!
Beijo.
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