e o sono que não durmo
presente.
A cefaléia do passado.
O suco de manga gelado.
Algo me dói o dente.
Eu me sinto desocupado
e a tarde é quente.
Preciso do ar
que não sei encontrar.
Tudo e qualquer coisa hoje
me incomoda.
Escrever este poema me acomoda.
Eu desejo o que não sei explicar.
O carro barulhento
na rua suja.
O povo barulhento
na rua suja.
O maldito calor.
E eu que seja...
E eu que veja...
E eu que dor...
Tudo está errado.
Eu me sinto errado.
O dia parece errado.
Hoje até o certo é errado.
Ígor Andrade
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Um comentário:
Me lembrou Pessoa, não na forma, no sentir...
Admirado, Ígor.
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