o prédio todo mesmo.
Tudo acorda.
Ouço o barulho da água
correndo nos canos.
Ouço as vozes dos vizinhos.
Ouço meus enganos.
Tudo acorda.
A janela
se abre pro sol
na cozinha
se bate uma porta.
Pulsação
dilato a visão
me encontro
aorta.
Olho para o prédio do lado.
Na varanda
um menina morta
sem namorado
e me sinto vivo.
Ígor Andrade
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3 comentários:
Passando pra te desejar um ótimo feriado.
abraços
de luz e paz
Simplesmente magnífico! Quase consigo ouvir os sons. Muito bom.
Um abraço!
Muito legal, esse poema ao vivo.
Beijo.
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