me ultrapasso.
Não porque quero
mas porque posso.
Não ir além de mim
se todo horizonte for finito
é permanecer na tarde
sem entrar na noite.
Toda tarde
me "ultrapássaro"
(e não criei esta palavra agora
a conheci em algum lugar
em outra perdida hora)
porque aprendi a voar
sozinho.
Toda tarde
eu sou tardio
e me ultrapasso
porque penso no agora
como um amanhã sem fim.
Ígor Andrade
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4 comentários:
Cara, belo poema. Ultrapássaro é o melhor neologismo que já vi, gruda na alma, já usei em uns 2 ou 3 poemas também, mas é de Amanda Vaz Teixeira, em breve no Brasil... :)
Ah então vi esta palavra no teu blog, parceiro. Um belo neologismo!
poemaço, poemapássaro!!!
lindo demais :)
bjos
Ígor, o poema transmite a sensação exata de diálogo interno e traduz o questionamento acerca do predomínio da mente. Bem interessante.
Um abraço.
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