"Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar." Friedrich Nietzsche
terça-feira, 13 de março de 2012
Água com gás
No meio da madrugada.
A rua é mais que a rua.
Visto essa memória nua.
Eu tenho uma madrugada e meia.
Boca cheia de dentes
estômago cheio de fome
e minha varanda vazia
de mim.
Uma saudade
que não cabe neste céu.
Devastação é isso!
Um cão na calçada
dorme.
Uma árvore parada
canta.
Nada me espanta mais
que a falta.
O dia foi quente
e a noite é alta.
Vento levinho
que toca o peito.
Silêncio no vizinho.
Reticências nas paredes.
Quarto andar hoje
sem idéia de suicídio.
Mais tarde verei meu amor...
Ígor Andrade
__________________________________________________________________________________
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Um itinerário belíssimo,quanta saudade! Essa expŕessão da dimensão do sentimento ficou demais, Igor.O céu, então, não é o limite.
O poeta habita a madrugada como a saudade o habita.
Lindíssimo, meu caro, poema de arrepiar!
A água te deu gás, hein mano! Que lindo. Saudades...beijos :)
Meu orgulho...Amo tanto!
Marcelino, você entende sempre...
Larinha, é bom ver você por aqui.
Natália, um abraço.
Rafaela, meu amor!
Postar um comentário