Não me arrependo.
Meu corpo não diz o mesmo.
Mil motivos até a embriaguez valer a pena.
(Ou seriam dois ou três?)
Que seja
a boca que amaldiçoa
é a mesma que beija.
O frio.
Sinto um frio.
Sou um rio
intocável
e esquecido
na noite.
Tremem os meus galhos fracos...
Lembranças de ontem:
Casais apaixonados nas esquinas.
Além de qualquer grande amor existente
vejo dores futuras incomensuráveis.
Beber é para os fracos.
Sim.
Além de tudo eu bebo.
Sofrer é para os fortes.
Sem mais.
Homens; pobres diabos
desumanos
sem norte
e sem sul.
(Escrevo melhor com caneta azul -
minuto no sense tipo insight.)
Almoço lá pelo fim da tarde
no sofá da sala de estar
e não estou.
Me sinto o mais imperfeito idiota.
A perfeição das horas
se faz com a consciência
dos sentimentos desconhecidos.
É... ando lendo muito
o velho Bukowski.
Preciso de mais uísque e cerveja!
Ígor Andrade
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8 comentários:
Gente, adoro o jeito que vc escreve, anacoluto e tal. Além de que achei super válida a paráfrase do Augusto dos Anjos.
Você conseguiu transpor em suas palavras todo um universo ébrio... tim-tim!
Valeu, Karla. Grande abraço!
(Só não entendi a parte do Augusto dos Anjos.)
Acredito (achismo total, já que o que a Karla disse acabou me lembrando isso) que se referiu aos VERSOS ÍNTIMOS:
"Escarra nessa boca que te beija!"...
Eu gosto... lembrar... reminiscências...
...BUT... o "Sem Gelo" não deixa de estar Igor Filosófico...
Beijos =)
Meu caro amigo
você acabou de descrever o meu último domingo..rs..
Acho suas letras geniais e quando as leio quase posso tocá-las. Incrível!! Parabéns!!
Entendi, Nadine.
Grande abraço, moça querida!
Seu comentário me deixou feliz, Keylla.
Grande abraço!
Bom, a Nadine já explicou o pq eu citei o Augusto dos Anjos. Então, não foi uma paráfrase? [interessante...]
Já tinha lido o poema dele, mas não lembrava. Paráfrase, mimetismo, sei lá...
Abraço, Karla!
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