para o sofrimento.
Manhã que começa machucada.
Joelho na quina da mesa.
Testa no armário da cozinha.
Torcicolo e lombar de idoso.
Café forte demais... não gosto.
Não lembro do que sonhei.
Sinto-me um lerdo.
Onde deixei minha poesia
antes de dormir?
Nem consigo escrever direito.
Vou direto
ao ponto:
tentar acordar.
Acordo
sem acordo com o dia.
Ígor Andrade
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7 comentários:
rsrs Ah, esses dias azedos de nossas vidas... tiram-nos o humor e também, às vezes a inspiração. No seu caso acho que apenas o humor foi prejudicado...
É, Karla... certos dias não são dias...
"Acordo sem acordo com o dia." Tiradas para lá de inspiradas.
Valeu, Ulisses. Abraço!
Faz tempo que não leio a palavra Lerdo; gosto dela. Ficou bonita no texto, bem colocada, depois de tantas batidas.
Abraço, meu amigo Marcelino!
Apaixonado por suas letras.
Lê-lo assim, na tentativa de acordar, justo por mim que sonâmbulo não consigo dormir, embora a mim tudo pareça um sonho. Sonho sem sono algum.
Voltarei a ler o seu "a", "b" e "c" até chegar ao seu "z" e ver que seu alfabeto continua. Não sei pra onde...
;)
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