Estou no caminho
e penso no caminho
sem saber do caminho.
Eu não caminho
no carro.
Ver o verde
do mato
até chegar no azul
do céu.
Todo fim do ano é cruel.
É isso.
No caminho de casa
como um pombo sem asa
me deixo ir.
Me deixo ir
indo
de bico solto.
Hoje canto um canto
que não me pertence.
E este canto me vence
antes do tempo
antes da curva
antes do vento.
Ígor Andrade
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