e me rouba a palavra.
Eu não sei o que é.
Lembro do pai
que poderia ter tido.
Ou da mãe
que sonhava em me ter.
Agora tenho uma saudade
sem nome
e o corpo quente
de inquietação.
Minha casa não tem portões
e um pequeno pássaro me visita
sempre pelas manhãs
na minha janela fechada.
Eu preciso respirar
como a criança
que havia em mim.
Eu preciso contar pra alguém
que cansei de sofrer
pelo que não existe.
Ígor Andrade
Um comentário:
Ainda bem esse algo não roubou todas as palavras. E, de quebra, ainda deixou um vídeo maneiro, com música linda.
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