Neste todo céu alaranjado
com um tempo de folhas paradas
no calor do que é memória
esquecendo o que é mentira
gozando no quarto úmido escuro
uivando em cima de cada muro
me torno um bicho na fertilidade
cruzando com a teimosia plena.
Vivo para cada mulher que é uma só
a mesma que antes seria a de depois
na dança de corpos suados quando
ouço violinos que cortam o silêncio
e carrego uma tempestade no peito
violentando a alma de um sujeito
que persegue o sonho do dia seguinte
para tentar não enlouquecer
na ausência de dormir em paz.
Ígor Andrade
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3 comentários:
"Vivo para cada mulher que é uma só
a mesma que antes seria a de depois"
Nossa, p-e-r-f-e-i-t-o esse trecho! Belo poema no todo também.
Abração, irmão
sensacional, poeta!
inspiradíssimo, inspiradérrimo.
Perfeito!!!!!
Estas palavras me fizeram lembrar um passado que ficará em memoria indelével!!!!
Bjs
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