Nesta cama
que é um deserto
a sede me ama
e me amo incerto.
Olhando do teto
o quanto sou pequeno
diante do que sinto (grande)
para continuar sozinho
seguindo seguindo
fugindo fugindo
mentindo mentindo.
Daqui de cima
toda paisagem
é uma passagem
de lembrança boa
que não posso suportar.
Inóspito deitar
há de se esperar
eu dono de mim.
Ígor Andrade
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Um comentário:
Ontem tive insônica também. Problemas no PC insolúveis, além de tudo o mais na vida... :) Belíssimo poema, ritmo muito bom. Abração
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