Acordo...
com o olhar calmo
de um assassino.
Estou frio
como o tempo molhado
e rio.
O sol, que eu cego, não vi
já se foi
com o meu calor.
A rua vazia provoca
cores no escuro
dentro de mim.
Parece que estou morto
sobre a terra que vai acabar.
Ou acabou.
Espero que a calma permaneça
mas, acima de tudo
que algo nasça e cresça
e que eu não mate ninguém.
Ígor Andrade
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3 comentários:
Parabéns pelo poema.Gostei muito,assim como dos outros.Grande abraço.
des-esperando?
Se fosse só vida que se matasse...
Lindo poema,
lembrou-me as cartas do Leminski. Leminski de novo!
=)
Meu beijo pra você.
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